VOLKSWAGEN SP2
DETALHES DO VEÍCULO
VENDIDO PARA SANTA CATARINA
O SP2 que você vê nas fotos é um dos últimos fabricados pela VW. Além de ser um 1976, a numeração do chassi atesta tal fato, BL(....). Ele foi totalmente restaurado, sendo que a pintura se encontra em excelente estado de conservação. Sem ondulações, amassados ou arranhados. Carro excelente para dirigir.
De acordo com a revista Quatro Rodas número 731, março/2020: “A produção envolvia um caro e complexo vaivém logístico: as chapas de aço eram estampadas na VW e depois viajavam 4Km até a fábrica da Karmann-Ghia para armação das carrocerias. A pintura era realizada na VW, a finalização da montagem na Karmann e o controle final de qualidade em uma última escala na VW. Sua qualidade de construção era realmente impressionante, realçada pelo bom nível de acabamento interno e pelos bancos esportivos revestidos de couro (com apoios de cabeça que o moderno Passat esqueceria de apresentar dois anos depois). Console entre os banco, luzes de leitura para mapas, alça de apoio para o passageiro, amperímetro e termômetro eram itens exclusivos que diferenciavam do SP1. A plataforma do SP2 era a mesa da perua Variant. Seu inédito motor trazia circuito de lubrificação redimensionado, pistões com 88 mm de diâmetro para elevar a cilindrada para 1,7 litro e leve aumento na taxa de compressão (de 7,2:1 para 7,5:1). Tudo para render pacatos 75cv a 5.000rpm. O torque 13 mkgf a 3.400rpm, evidenciados pela relação de diferencial alongada de 4,21: para 3,87:1. O SP2 pesava quase 200Kg a mais que um Puma GTE, De 0-100Km/h em 17,4segundos.
INFORMAÇÕES
ESPECIFICAÇÕES
UM POUCO DA HISTÓRIA
A série SP foi uma série de carros esporte desenvolvidos pela Volkswagen do Brasil para o mercado interno, de 1972 a 1976; o nome supostamente é uma abreviatura para São Paulo (outras fontes atribuem a sigla à Special Project ou Sport Prototype).
O SP, nome final do carro, foi construído na plataforma da Variant, oferecido com o mesmo motor boxer de 1600 cc, versão chamada de SP1, ou com um motor 1700 cc, chamado de SP2. Este último desenvolvia 75 cv, 160 km/h e fazia 10 km com um litro, e foi a versão que prevaleceu no mercado.
Quando o carro foi apresentado, rapidamente atraiu a atenção da mídia especializada. Possuía um interior requintado, um acabamento de alto nível e muitas outras melhorias em relação à linha VW "a ar" da época, superior inclusive ao outro "esportivo" da Volkswagen na época, o Karmann Ghia TC.
O SP1 logo saiu de linha, já na época do lançamento. Com baixo desempenho (apenas 65 cv em um motor 1600), ele não agradou. Esse problema viria assombrar o SP2 também.
Logo ficou claro que o carro, apesar de seu notável design, não conseguiria derrotar o Puma na performance. Embora eles usassem um motor similar, o Puma era feito em fibra de vidro, muito mais leve do que o aço empregado no SP2. Isso, evidentemente, refletiu-se nas vendas, assim como o próprio anacronismo do motor à ar na época. O preço do carro, empurrado para cima devido à produção em pequena escala, também não ajudava (pelo preço do carro se comprava dois Fuscas 1300 na época). Assim, o carro saiu de linha em 1976.
Com um total de 10.207 unidades fabricadas (670 deles exportados para a Europa), o carro agora é valorizado como um item de colecionador e os preços de um exemplar bem preservado podem ser bem altos.