VW PASSAT TS

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DETALHES DO VEÍCULO

VENDIDO PARA PARANÁ

Placa preta

O Passat TS por si só já é um ícone dos esportivos que já foram produzidos no Brasil entre as décadas de 70/80. O exemplar da foto possui manual original, bem como a cor que foi pintada é raríssima. Somente foi utilizada em alguns veículos produzidos pela VW no ano de 1981. O veículo foi totalmente restaurado. Se encontra equipado com rodas originais. Motor novo. Possui manual do proprietário original do carro. Seu primeiro proprietário foi do Rio Grande do Sul. Vistoriado pela FBVA, recebendo a placa preta com excelente pontuação.

INFORMAÇÕES

Marca: Volkswagen
Ano: 1981/1981
Cor: Vermelho Calipso
Interna: Tecido Preto
Km: N/D
Valor: R$ 0,00

ESPECIFICAÇÕES

Aceleração: 0 - 100 em 13,1s
Ar cond.: Não
Bancos: Individuais
Câmbio: Manual 4 velocidades
Combustível: Gasolina
Dimensões: 420x160x135 cm
Faróis: Lampadas Halógenas
Freios: Disco/Tambor
Motor: 1.6 VW-MD
Ocupantes: 5 passageiros
Origem: Brasil
Portamalas: 362 lts
Portas: 2 portas
Potência: 96 cv
Rodas: 13 pol.
Som: Original
Teto Solar: Não
Tração: Dianteira

UM POUCO DA HISTÓRIA

Em junho de 1974, apenas um ano após o lançamento na Alemanha, o Passat chegava ao Brasil. Inicialmente foi oferecido apenas com duas portas, nas versões básica, L (Luxo) e LS (Luxo Super). Refrigerado a água, tração dianteira, estrutura monobloco (que até então só existia na Kombi), o Passat ia de encontro a todas as características básicas dos VW brasileiros até então. O circuito de freios, por exemplo, atuava em sistema duplo diagonal. Caso um dos sistemas falhasse, uma roda de cada eixo (em lados opostos) ainda se manteria funcionando, evitando a perda dos freios do mesmo eixo. O motor 1.5, única opção, proporcionava 65 cv de potência.

No fim de 1974, a versão 4 portas foi lançada (já como modelo 75), ampliando o leque de opções ao comprador. Porém, a aversão do consumidor brasileiro aos carros de 4 portas não fez dessa versão de carroceria um sucesso de vendas, sendo hoje um modelo raro de ser encontrado. Neste ano, o Passat conquistou o seu primeiro título de “Carro do Ano”, pela revista Auto Esporte.

O ano de 1976 foi um marco na história do Passat. Neste ano, ocorreu o lançamento da versão TS (Touring Sport). A versão esportiva do Passat tinha motor 1.6, de 80 cv, carburador Solex duplo alemão e frente de quatro faróis redondos. Uma faixa preta cruzava a lateral do TS, um pouco abaixo das maçanetas, e dava o toque esportivo de acordo com os padrões da época. No interior, detalhes como o volante esportivo e o console com voltímetro, relógio de horas e manômetro de óleo. No painel, onde nas versões mais simples existia o relógio de horas, havia o conta-giros. Foi um sucesso, sendo o sonho de consumo dos jovens da época. Se tornou o esportivo da VW, apressando o fim do saudoso SP-2.

A versão de 3 portas foi lançada também em 76, nas versões L e LS. Com uma enorme tampa traseira e possibilidade de rebater o banco traseiro, o Passat tinha sua capacidade de carga aumentada para 610 litros (até a borda inferior do vidro traseiro) ou 1010 litros (até o teto).

Duas versões foram lançadas em 78: a LSE (Luxo Super Executivo) e a Surf. A primeira foi durante muitos anos o carro mais luxuoso da VW. O LSE tinha a mesma frente de quatro faróis redondos do TS, além do motor 1.6. O interior recebia um melhor acabamento, detalhes como um apoio de braço central no banco traseiro, o mesmo console do TS e ar-condicionado. A versão Surf, ao contrário da LSE, era uma versão bastante simplificada do Passat. Com pára-choques, espelho lateral, maçanetas e frisos pretos, o Passat Surf lembrava as versões SE que a Chrysler fabricou para o Dart e Dodge 1800. Sendo uma versão mais acessível, com toque esportivo, a versão Surf tinha o mesmo motor 1.5 das versões básicas e alguns acessórios como bancos com encosto alto e pára-brisas verde. Em contrapartida, os cintos de segurança eram de dois pontos e o painel era mais simples. As rodas eram cinza-grafite e os bancos tinham desenhos em vermelho, azul e preto.

A primeira reestilização veio em 1979, quando, seguindo a tendência do Audi 80 lançado em 1976 (como se vê nas fotos abaixo), os faróis redondos cederam espaço aos grandes faróis retangulares e as setas passaram dos pára-choques para as extremidades dos faróis. Os pára-choques ganharam ponteiras plásticas, padrão da época. O estofamento também mudou e o volante passou a ter um diâmetro menor. A versão TS agora tinha a faixa preta lateral abaixo dos vidros e, assim como a versão LSE, passou a ter a mesma frente das outras versões. Logo surgiu a versão à álcool, fazendo do Passat a segundo carro movido por este combustível no Brasil.

Em 1980, o Passat conquista pela segunda vez o título de “Carro do Ano” pela revista Auto Esporte.

A segunda reestilização ocorreu em 1983, quando o Passat teve sua frente novamente alterada, passando a utilizar quatro faróis quadrados. As setas retornaram aos pára-choques, sua posição de origem, e olhos de gato na cor âmbar passaram a ocupar as extremidades onde antes ficavam as setas. O motor 1.5 foi aposentado, ficando o 1.6 como única opção disponível. O lendário TS foi substituído pelo GTS (Gran Touring Sport). A versão GLS (Gran Luxo Super) foi lançada e ficou por pouco tempo no mercado.

As versões foram rebatizadas em 1984, passando a se chamar Special, LS Village, LSE Paddock e GTS Pointer. No meio do ano, o Passat GTS Pointer recebia, enfim, o motor 1.8, se tornando, assim como foi o TS, um dos mais cobiçados esportivos nacionais.

Novas mudanças em 1985: o Passat ganhava pára-choques envolventes e novas lanternas, ficando com uma aparência mais moderna. Por dentro, um novo painel. O câmbio passou a ter 5 marchas. As versões de 3 portas e LSE Paddock foram extintas. Em 1986, os motores 1.6 MD-270 foram substituídos pelo AP-600 e o AP-800 deu lugar ao AP-800S.

Em junho de 86, um excedente de versões LSE destinadas ao Iraque foi oferecido ao mercado nacional. Apesar de possuir características diferentes do gosto brasileiro, como o estofamento vermelho na maioria das unidades e quatro portas, a aceitação pelo modelo foi muito boa, pois ele contava com itens de conforto como bancos Recaro e ar condicionado de série, por um bom preço. O motor era o antigo MD-270 e o câmbio possuía quatro marchas, medidas para facilitar a reposição de peças no Iraque. Como exigências do deserto, radiador de cobre e quatro ganchos de reboque (um em cada extremo dos pára-choques). O “Passat Iraquiano”, como ficou conhecido, foi vendido no Brasil até o ano de 1987.

Mas infelizmente a VW não dava mais a devida atenção ao Passat, destinando esse privilégio a linha BX e Santana. Aliás, para a VW, o Passat deveria ter saído de linha já em 1985. Isso só não ocorreu em decorrência do contrato de exportação firmado com o Iraque na época. Aos poucos a montadora deixava clara sua posição de abandono ao Passat, o privando, por exemplo, de equipamentos já comuns na época, como vidros elétricos e direção hidráulica. Melhorar o Passat seria roubar consumidores dos outros carros VW, e isso não interessava.

Finalmente, no dia 02 de dezembro de 1988, a Volkswagen suspendia a produção do Passat no Brasil, deixando saudades na sua imensa legião de fãs. Algumas unidades ainda chegaram a ser produzidas como modelo 89. Nos seus 14 anos de produção, 897.829 unidades foram fabricadas, incluindo as destinadas a exportação. Para o mercado interno, foram destinadas 676.819 unidades.

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