VW VOYAGE S
DETALHES DO VEÍCULO
Obs. – Todos os carros que possuem os selo “veículo vistoriado” foram avaliados presencialmente pela Clássicos Premium.
A proposta do VW das fotos é que seu proprietário possua um veículo restaurado aos padrões de época. Digno de ser apresentado em exposições. O veículo possui placa preta.
INFORMAÇÕES
ESPECIFICAÇÕES
UM POUCO DA HISTÓRIA
O Início da produção do Voyage ("viagem" em francês) aconteceu em maio de 1981. O Voyage foi projetado e fabricado pela Volkswagen do Brasil, assim como o Gol, a Parati e a Saveiro, (a chamada família BX). O Voyage segue as linhas de tendência das décadas de 70 havendo grandes semelhanças entre este e outros carros da marca fabricados na Europa na década de 70, em especial com o Jetta I, a parte mecânica era a do Passat fabricado no Brasil, motor 1.5 refrigerado a água e câmbio de 4 marchas, encontrado nas versões a gasolina ou a álcool, nas versões de acabamento S, LS e GLS.
Em 1981 o Voyage foi eleito "O Carro do Ano" pela revista Autoesporte e começou a ser exportado para países da América do Sul com o nome de Gacel, Amazon e posteriormente Senda (versão para a Argentina, com motor 1.9 litro a diesel).
Em 1983 o Voyage movido a álcool passou a utilizar o motor MD 270 1.6 litro (mesmo do Passat TS), identificados pelo emblema "1.6" na grade do radiador, sendo este o motor o mais potente (81 cv) que a Volkswagen do Brasil produzia até então. Ainda em 1983 foi lançada a primeira série especial: o Voyage Plus dentre os itens especiais tinham faróis de neblina, para-choques na cor do carro e calotas especiais, e também o Voyage Sedan de 4 (quatro) portas, na época com baixíssima aceitação, pois os brasileiros não gostavam de carros 4 portas (o inverso do que acontece hoje, onde a maioria prefere a comodidade ao design esportivo de um cupê).
Em 1983 ainda, em São Paulo no Salão do Automóvel a Volkswagen apresentava um carro-conceito denominado Voyage Tecno, incorporando tudo o que o Departamento de Engenharia da Volkswagen acreditava que se tornaria normal nos veículos de produção num prazo de até 10 anos: painel de instrumentos digital, computador de bordo, rodas Pirelli, bancos de regulagem elétrica com memória, lanternas traseiras com luz negra, motor de 16 válvulas com injeção eletrônica, piloto automático, câmbio de 5 marchas e ABS, entre outros.
Em 1984 todos os modelos passaram a ter o motor 1.6, inclusive a série especial Los Angeles (em comemoração as Jogos Olímpicos de Verão de 1984 em Los Angeles).
A série especial Los Angeles diferenciava-se das demais com acessórios que incluíam: pequeno aerofólio na tampa do porta-malas, volante do Passat TS (febre na época), rodas de liga-leve aro 13, frisos adesivos laterais na cor vermelha e faixas adesivas laterais na cor preta traziam esportividade ao modelo, adesivos "Los Angeles" no vidro traseiro e nos para-lamas, spoiler dianteiro acompanhado de faróis de milha Cibiê Serra II, e a cor exclusiva um azul metálico (logo apelidado de "azul tampa de panela"). A cor "azul enseada" metálico era exclusivo do modelo, assim como os bancos Recaro de veludo navalhado cinza. Era oferecido apenas na versão a álcool do motor 1.6, com câmbio 4 marchas (apenas o curto) ou com câmbio 5 marchas (raríssimas unidades). Suas vendas não atingiram as expectativas da montadora devido a rejeição da cor que para a época era muito chamativa e em um eventual reparo de funilaria seria difícil igualar a cor com os recursos existentes até então, o que obrigou muitos concessionários a mudar a cor do veículo por outros tons de azul, com o veículo ainda zero quilômetro. No total, das 3.000 unidades previstas, foram fabricadas somente 300 unidades, tornando o modelo um dos mais raros Volkswagens fabricados, muito cobiçado entre colecionadores e admiradores da marca.
Em 1985, o câmbio de 5 (cinco) marchas era oferecido somente como item opcional. Neste ano o Gol, até então equipado com motor 1.6 refrigerado a ar, passou por uma mudança, ficando com a frente e o motor iguais aos do Voyage, consagrando-o como sucesso de vendas da VW até hoje. Entra em cena a geração de motores AP (1.6 e 1.8)
Em 1986, foi lançado o Voyage GLS Super, com motor 1.8 do Santana que também equipava Gol GT e Passat GTS Pointer e bancos Recaro. O carro era marcado por sua arrancada impressionante, a qual chegava de 0 a 100 km em 11,1 e sua velocidade final testada em pistas era de 178 km. um dos mais rapidos dos anos 80 ate 90.
Em 1987, mudou externamente, ganhando novos faróis, grade e para-choques envolventes com cobertura plástica, e passando a ter câmbio de cinco marchas como item de série.
Em 1988, vieram novas portas, retrovisores, painel de instrumentos e acabamento interno. Nesta época as versões eram: CL (AP 1.6 ou 1.8), GL (AP 1.8) e GLS (AP 1.8S). Neste mesmo ano, o Voyage começou a ser exportado para os EUA e o Canadá, com o nome Fox e mais de 2.000 modificações, incluindo injeção eletrônica (Bosch - KE Jetronic).
O Voyage passou a utilizar o motor 1.6 CHT que Ford usava — que passou a ser chamado de AE-1600 (Alta Economia) — por causa da união com este fabricante, união denominada Autolatina. Apesar de não ter diminuído muito o consumo, sobretudo na versão a álcool, o motor ficou um pouco menos potente. Como alternativa, foi lançado uma série especial com motor AP 1.8 e 95 cv, denominado Voyage Plus, que trazia ainda estofamento com tecido listrado com listras na cor do veículo, bem como painel mais esportivo (o mesmo da versão GLS) e volante de Santana. Ainda em 1990, o VW Voyage 2 e 4 portas (como o nome de VW Senda) começou a ser produzido na Argentina em substituição ao VW 1500 (conhecido no Brasil como Dodge 1800 e Dodge Polara) modelo inicialmente produzido pela Chrysler-Fevre Argentina S. A. (incorporada pela Volkswagen em 1982).
Em 1991, uma nova mudança nos faróis e na grade, porta malas de 420 litros. O motor 1.6 continuou a ser o AE 1.6, e no final foi introduzido o AP 1.8 na versão CL.
Nesta data algumas unidades de Voyages 4 portas nacionais (chassis iniciando em "BXX") foram fabricadas na unidade Anchieta SBC.
Assim como alguns carros da época o Voyage passou a ser equipado com o catalisador para adequação do modelo junto as normas de emissões de poluentes. Neste ano também se dava o término da produção das unidades 4 portas nacionais. Mantendo o painel desde 1990, em 1992 um conta giros (RPM) é incrementado a este modelo.
Em 1993, foi lançado o mais completo e mais potente Voyage, substituindo o Super: era o Voyage Sport 1.8S, que ficou em linha até 1994. Neste ano no versão 4 portas, o Voyage somente era fabricado na Argentina com motor 1.8. Ainda em 1993, com o fim da Autolatina, voltaram os motores AP 1.6, fora isto, em 1993 houve poucas mudanças resumidas a novos estilos de cor e acabamento.
No final de 1994, o Voyage deixou de ser fabricado no Brasil, sendo produzido somente na Argentina. No final de 1995 o Voyage saiu de linha. Nessa época só duas versões eram produzidas: a GL 1.8 e a Special (apenas 4 portas). Seu substituto, o Polo Classic, também era fabricado na Argentina, com motor AP 1.8, colocado transversalmente e equipado com injeção eletrônica, porta-malas maior e design mundial Volkswagen. Na época muitos choraram quando souberam que o sedan ia parar de ser produzido.
No filme Batman Returns, de 1992, todos os carros, fora o batmóvel, são Volkswagen Fox; ou seja, o Voyage brasileiro.